O governo do presidente Joe Biden anunciou, nesta quinta-feira (5), que mais 32 km de muro serão construídos na fronteira com o México para barrar a entrada de imigrantes.
Segundo as autoridades, o projeto de construção foi assinado durante a administração do ex-presidente Donald Trump e a lei exige que o governo utilize os recursos para a política em questão.
O secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, disse em comunicado que o Congresso não aceitou rescindir o dinheiro e impedir a construção do muro. Ele também afirmou que não havia nenhuma nova política do atual governo em relação aos muros fronteiriços: “Desde o primeiro dia, esta administração deixou claro que um muro fronteiriço não é a resposta”.
Em entrevista coletiva, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, falou sobre o anúncio e o chamou de “retrocesso”: “Essa autorização não resolve o problema. É preciso atender as causas (da imigração irregular)”.
A repercurssão da medida tem inflado duras críticas a Biden. Em 2020, ele prometeu que não construiria mais um metro de muro se fosse eleito. O presidente apenas respondeu dizendo que tentou solicitar a realocação dos recursos, mas não obteve sucesso com os republicanos no Congresso.
De acordo com uma proposta da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, o muro será feito de grandes cabeços embutidos em uma base de concreto, além de portões, câmeras e equipamentos de circuito fechado de televisão. Para isso, dezenas de leis federais ambientais foram dispensadas, como a Lei do Ar Limpo e a Lei da Água Potável Segura.
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