Em entrevista ao The Wall Street Journal no dia 6 de dezembro, o diretor executivo da Tesla, Elon Musk, afirmou que a empresa trabalha fortemente no desenvolvimento de robôs. O motivo é a falta de pessoas suficientes para trabalhar nos Estados Unidos.
Situações como essa vêm acontecendo em diversas empresas americanas, como disse Reggie Kaji, dono de uma agência de empregos: “me pediram para encontrar 200 migrantes prontos para trabalhar em Detroit, em uma fábrica que faz portas de carro para três grandes montadoras”.
Relatórios de empregos nos EUA mostraram que existe, no momento, uma mão de obra muito inferior do normal, graças a uma precoce aposentadoria de empregados americanos e resquícios da pandemia de Covid-19.
Uma reportagem produzida pelo Bloomberg certificou que os chefes estão desesperados por novas contratações que possam atender à crescente demanda, fazendo com que aumentem os salários.
Segundo a Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos EUA, a mão de obra deve aumentar para cerca de 6,5 milhões de pessoas até 2030, o que retrata uma queda em relação aos quase 10 milhões nos dez anos encerrados em 2019.
Atrelado a queda nas taxas de natalidade e mais taxas de mortalidade, tendências que mostraram se agravar após a crise financeira e novamente na pandemia, “a imigração provavelmente será menor e mais lenta”, segundo William Emmons, economista do Fed de St. Louis.
Para Emmons, não será mais viável continuar “operando uma economia baseada em uma oferta interminável de mão de obra de baixo custo e pouco qualificada”.