Uma proposta de orçamento divulgada pelo governador Gavin Newsom prevê a permissão para que todos os residentes com renda baixa e imigrantes indocumentados tenham acesso ao programa de saúde do estado.
O plano calcula um gasto de US$ 2,2 bilhões por ano para oferecer cobertura a pessoas que vivem ilegalmente no país, permitindo que crianças e idosos se qualifiquem.
A proposta precisa ser aprovada pelo Legislativo e incluída no orçamento final assinado por Newsom. Se confirmada, entraria em vigor a partir de 1º de janeiro de 2024 e tornaria a Califórnia o primeiro estado do país a alcançar o acesso universal à cobertura de saúde.
Parlamentares democratas apresentaram uma proposta que prevê a criação de um sistema de saúde de pagador único, no qual as despesas médicas dos residentes são cobertas por um fundo administrado do governo, que seria pago com a criação de novos impostos sobre indivíduos e empresas.
O sistema Medi-Cal da Califórnia, que atua para um terço dos residentes do estado, estendeu a elegibilidade a crianças com status ilegal até os 18 anos em 2016. Em 2020, isso foi expandido para jovens adultos, permitindo que o indivíduo permaneça no plano de seguro de saúde dos pais até os 26 anos.
Em 2021, o estado criou um plano para atender moradores de baixa renda com 50 anos ou mais, independente do status de imigração. A previsão é de que entre em vigor em 1º de maio.
A proposta de Newsom de eliminar a elegibilidade por idade e estender a cobertura para mais 700 mil pessoas que atendem os requisitos de renda vai custar US$ 613,5 milhões em fundos estaduais durante o atual ano fiscal e US$ 2,2 bilhões a cada ano posterior.