A administração do governo Biden está acelerando as deportações e os processos judiciais de migrantes que cruzam a fronteira sul de forma ilegal. O transporte de imigrantes da América Central para o interior do México é feito com base em uma ordem de saúde pública da era Trump, prorrogada por tempo indefinido na semana passada. Funcionários do Departamento de Segurança Interna (DHS), disseram que as expulsões visam impedir travessias de fronteira repetidas e a disseminação da variante Delta do coronavírus.
O governo também voltou a fazer os voos de “remoção acelerada” para algumas famílias de migrantes que não podem ser expulsas para o México sob a autoridade de saúde pública. De acordo com funcionários do DHS, desde o final de julho, os EUA realizaram seis voos de remoção rápida para a América Central e deportaram 242 pais e crianças migrantes durante o procedimento.
O oficial da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP), Manuel Padilla, disse a jornalistas latino-americanos que o objetivo também é “desencorajar a migração irregular”.
Em declaração judicial, o funcionário do DHS, David Shahoulian, que supervisiona a política de fronteira dos EUA, mencionou “taxas significativamente aumentadas” de infecções entre migrantes nas instalações da Patrulha de Fronteira, que operam com capacidade limitada. Essa preocupação levou o governo a mudar a abordagem e empregar medidas que têm sido historicamente usadas para impedir a migração.
O aumento da fiscalização destaca um momento mais duro na política de fronteira do governo Biden-Harris, que antes buscava a expansão da capacidade de asilo, encerrando as restrições da era Trump e agilizando o processamento de crianças desacompanhadas. O objetivo geral, de acordo com o governo, é estabelecer um processo “humano” e “ordenado”.
A advogada de imigração, Dr. Renata Castro, acredita que as medidas tomadas pelo gabinete Biden-Harris em aumentar o número de deportados na fronteira são um “prelúdio” de futuras negociações em relação a um processo de reforma imigratória:
— Já que parte dos requisitos para um voto favorável daqueles são contra uma reforma imigratória abrangente, tanto no Congresso, quanto no Senado, é o argumento de que a fronteira continua sendo um problema de segurança nacional, esse fechamento ou execução maior de deportações é essencial ao êxito e à aprovação de uma futura reforma imigratória.
“Sempre seremos uma nação de fronteiras e aplicaremos nossas leis de imigração de uma forma justa”, disse o comunicado da Casa Branca divulgado no mês passado.
Foto: Michael Battise
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