Um arquivo judicial do governo divulgado pelo Los Angeles Times na terça-feira (20), apontou que a nova política de imigração do governo Biden reduziu drasticamente o número de imigrantes autorizados a solicitar asilo na fronteira com o México.
Desde o dia 11 de maio, só podem pedir asilo nos Estados Unidos aqueles que já solicitaram refúgio em outro país e tiveram seu pedido negado. De lá para cá, apenas 46% dos imigrantes adultos solteiros que cruzaram a fronteira sul tiveram permissão para solicitar asilo, em comparação com 83% de 2014 a 2019.
Na sexta-feira (16), Blas Nuñez-Neto, secretário assistente de fronteira e política de imigração do Departamento de Segurança Interna (DHS), disse: “A implementação da regra gerou um entendimento generalizado de que o DHS reforçou as consequências na fronteira para aqueles que entram sem autorização. O efeito desses desenvolvimentos é que houve uma redução imediata nos encontros na fronteira”.
As exceções para a nova regra de pedido de asilo são feitas para populações particularmente vulneráveis, incluindo pessoas que podem ser vítimas de tortura se forem impedidas de cruzar a fronteira.
De acordo com a Alfândega e Proteção de Fronteiras, desde o final do Título 42, as chegadas na fronteira caíram de mais de 10.000 por dia para cerca de 3.500 por dia e mais de 50.000 imigrantes foram deportados ou enviados de volta ao México
Grupos de defesa da imigração disseram à NBC News que a restrição ao asilo viola a lei federal e as obrigações internacionais dos EUA:
“Não achamos que isso faça parte de uma abordagem ordenada ao asilo, porque vai levar mais pessoas a sentir que terão que se colocar de volta nas mãos dos traficantes de pessoas”, disse o CEO do International Rescue Committee, David Miliband.
“Ninguém tem o direito de viver nos Estados Unidos, mas todos têm o direito de solicitar asilo e obter alguma segurança”, disse Miliband.
No próximo mês, um juiz em Oakland, Califórnia, deve decidir se a regra pode permanecer em vigor ou não.
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