Em paralelo à crise humanitária que ocorre nas fronteiras dos Estados Unidos, com um número recorde de imigrantes tentando entrar no país todos os dias, a quantidade de brasileiros detidos durante a travessia diminuiu drasticamente.
Dados da agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) apontam que, de janeiro a dezembro do ano passado, mais de 3 milhões de imigrantes foram apreendidos ao tentar entrar no território americano sem visto, totalizando um aumento de 33% em relação ao ano anterior. A apreensão de brasileiros, no entanto, teve uma queda considerável. Em 2021, 80 mil cidadãos foram detidos, já em 2022, o número caiu para 37,4 mil – menos da metade.
A explicação em comum entre especialistas é a volta da normalidade do fluxo migratório depois da pandemia de Covid-19 e a reabertura das fronteiras. A queda também foi observada para cidadãos de países como Guatemala, Honduras, El Salvador e Equador.
Visando conter a circulação do vírus da Covid-19, o ex-presidente Donald Trump, que possuía um forte discurso anti-imigração, implementou o Título 42, para expulsar imigrantes que tentavam entrar na fronteira com o México, impedindo-os de pedir asilo no país. Após a vitória nas eleições, Biden tentou derrubar a medida, mas a Suprema Corte a manteve em vigor até a análise final dos recursos – o que deve ocorrer até meados deste ano. Diante de uma crise humanitária, a gestão do novo presidente anunciou, em janeiro, uma política que aceitará mensalmente 30 mil migrantes de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela.
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