Advogados ligados à American Civil Liberties Union informaram, nesta terça-feira (20), que os pais de 545 crianças separadas dos pais na fronteira dos EUA com o México ainda não foram localizados.
Essas crianças estão em abrigos ou sob a custódia de parentes, padrinhos e voluntários enquanto um grupo está em busca dos pais em países da América Central.
Elas foram separadas dos pais na fronteira dos Estados Unidos com o México desde 2017, quando a administração Trump começou a separar pais e filhos, política duramente criticada em todo o mundo.
“Por meio de nossos litígios, acabamos de informar ao tribunal que os pais de 545 crianças – separados à força pela cruel prática de separação da família da administração Trump – ainda não foram encontrados”, publicou no Twitter a ACLU.
Em junho de 2018, uma juíza federal de San Diego, na Califórnia, determinou que as famílias fossem reunidas. Em poucas semanas, centenas de crianças reencontraram os pais, mas muitos pais não foram localizados por já terem sido deportados.
“As pessoas nos perguntam quando vamos encontrar essas famílias e infelizmente eu não tenho uma resposta. Eu não sei, muitos pais foram deportados. Mas nós não vamos parar de procurar essas família, não importa quanto tempo vai demorar”, afirma o diretor da ACLU, Lee Gelernt.
Sob o programa de tolerância zero para imigração ilegal, o governo dos Estados Unidos começou a separar as crianças de seus pais, gerando críticas nos EUA e em todo mundo. O plano foi concebido para conter o fluxo crescente de imigrantes sem documentos, a maioria deles famílias da América Central que fugiam da pobreza e da violência em seus países, e levou à separação de 2.700 crianças de seus pais.
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