O prefeito de El Paso, Texas, Oscar Leeser, declarou estado de emergência na noite de sábado (17), após uma onda de imigrantes terem entrado na cidade nos últimos dias e estarem vivendo em condições precárias.
Leeser havia se recusado a emitir um estado de emergência anteriormente, mas decidiu tomar a atitude pois, segundo ele, “centenas” de imigrantes estão nas ruas em condições inseguras enquanto as temperaturas estão começando a cair.
O prefeito alega que toda a situação pode ficar pior quando a política de fronteira da era Trump for suspensa na próxima quarta-feira (21). As autoridades federais do país esperam que a suspensão acarrete um aumento na chegada de imigrantes.
“Sabemos que o fluxo na quarta-feira será imenso”, disse o prefeito em entrevista coletiva, acrescentando que algumas autoridades estimaram que o número de imigrantes pode mais que dobrar após o dia 21.
Considerando todos esses fatores, “sentimos que hoje era o momento adequado para declarar estado de emergência”, acrescentou.
No início desta semana, um funcionário de alto escalão da Patrulha de Fronteira disse que mais de 2.400 imigrantes cruzaram para os EUA perto de El Paso diariamente no fim de semana, descrevendo o número como um “grande aumento nas travessias ilegais” na área.
O prefeito de El Paso disse que não havia decretado estado de emergência porque as autoridades locais conseguiram responder às chegadas, mas, acrescentou que não é mais o caso.
“Eu disse desde o início que avisaria quando sentisse que nossos requerentes de asilo ou nossa comunidade não estavam seguros”, disse Leeser no sábado.
“Eu realmente acredito que hoje nossos requerentes de asilo não estão seguros, pois temos centenas e centenas nas ruas e não é assim que queremos tratar as pessoas”.
A declaração permitirá que os líderes locais solicitem recursos adicionais do estado, como abrigos e transporte de pessoal, disse a cidade em um comunicado à imprensa.
Um Centro de Operações de Emergência também será ativado e planos de gerenciamento de emergência serão implementados para ajudar a “proteger a saúde, a segurança e o bem-estar dos imigrantes e da comunidade”.
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