Onze integrantes de uma quadrilha acusada de fraudar casamentos com objetivo de obter green cards foram presos no início deste mês em Fayetteville, na Carolina do Norte.
Segundo informações do Departamento de Justiça, o esquema era liderado pelo ex-soldado Ebenezer Yeboah Asane, de 37 anos, que atuava dentro da base militar de Fort Bragg. Asane é acusado de planejar casamentos falsos entre militares e estrangeiros.
A quadrilha recebia dinheiro para forjar festas de casamento, fotos e documentos para serem entregues à imigração.
O grupo vai responder por 29 crimes, entre eles, fraude em casamento, falso testemunho, obstrução de justiça, conspiração, tráfico humano e falsificação de vistos.
A advogada Renata Castro, fundadora do Castro Legal Group, explica que forjar um casamento com objetivos imigratórios é um crime federal grave. “A imigração dos EUA tem cada vez mais interesse em condenar indivíduos envolvidos em esquemas de casamentos falsos. A quadrilha descrita no artigo atuava em larga escala, mas é importante lembrar que as consequências legais são as mesmas para quem faz casamentos falsos tanto de forma individual e também para aqueles que agenciam os casamentos”, ressalta a advogada.
Ela acrescenta: “É importante lembrar que advogados não podem ajudar na execução de um crime, ou seja, advogados que têm conhecimento da falsidade do casamento não podem representar essas pessoas. A vontade de ficar nos Estados Unidos sem sombra de dúvidas leva pessoas a decisões extremas, mas é importante ter conhecimento de todas as consequências legais antes de tomar uma decisão que pode não ter volta”.
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