A Transacional Records Access Clearinghouse, da Universidade de Syracuse, uma das principais equipes de pesquisa de casos judiciais de imigração dos EUA, divulgou na terça-feira (6), um estudo que descobriu que, desde julho, às taxas de concessão de asilo caíram e “coincidem com o aumento de casos acelerados.”
“A grande mensagem é que o governo Biden realmente está tentando acelerar os casos, mas os dados mostram que quando você acelera os casos, eles perdem”, disse Austin Kocher, professor e pesquisador da Syracuse University, ao Border Report.
Embora o ano fiscal de 2022 tenha o maior número de indivíduos com asilo concedido em qualquer ano da história do tribunal de imigração, ao analisar os dados, os pesquisadores descobriram que quanto mais rápido os casos passavam pelos tribunais, menores eram as chances dos requerentes de asilo.
O TRAC constatou que, quando os casos de asilo foram concluídos dentro de três a 18 meses, apenas 31% dos casos efetivamente receberam asilo.
“Mais casos de asilo foram concedidos no ano passado do que em qualquer outro ano, mas a taxa de concessão está caindo nos últimos meses”, disse Kocher.
Em entrevista ao Border, Kocher afirmou que os casos de imigração exigem a coleta de grandes quantidades de evidências e documentos, e os dados do TRAC descobriram que os imigrantes que contratam advogados têm uma chance maior de obter asilo. Ele disse que os casos apressados podem limitar e impedir que os requerentes de asilo reúnam todos os dados de que precisam para apresentar casos completos aos juízes, e isso pode impedi-los de obter aconselhamento jurídico.
“Sabemos que o governo Biden tentou acelerar esses casos para tentar limpar o acúmulo”, disse Kocher. “Eles realmente estão levando a sério o atraso e realmente querem que os casos de asilo sejam decididos mais rapidamente, mas o problema é, como mostram os dados, que se você realmente acelerar os casos, os indivíduos nem sempre têm tempo para obter advogados e eles nem sempre tem tempo para reunir todos os materiais necessários.”
O TRAC relatou que, em todo o país, existem cerca de 1,9 milhão de casos de imigrantes pendentes ativos.
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